Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), veiculados em reportagem do Valor Econômico esta semana, mostram que 20,1 milhões de veículos estão segurados no Brasil. Isso representa apenas 30% do total de 62,3 milhões de automóveis e 9,7 milhões de caminhonetes registrados em maio pelo Ministério dos Transportes, indicando que mais de 70% da frota não possui seguro.
O preço dos seguros, determinado por fatores como idade, valor estimado, localização e gênero do proprietário, é apontado como um dos motivos para a baixa adesão. Segundo o Valor, após a pandemia, os custos aumentaram devido a interrupções nas cadeias de suprimentos, quase dobrando os preços dos veículos novos até 2023 e impactando os preços dos seguros, com as indenizações acompanhando os valores dos veículos. Entre 2020 e 2021, a alta média foi de 29,6%, conforme a tabela Fipe.
Outro fator que contribui para a falta de seguro em 70% da frota é a idade dos veículos, segundo o Valor. Carros mais velhos apresentam maior risco e geralmente não são cobertos se tiverem mais de dez anos. A frota brasileira está envelhecendo: automóveis entre 11 e 15 anos aumentaram de 15% para 31,3% da frota entre 2014 e 2023. Em 2023, a idade média dos carros era de 11 anos e 1 mês, com 53,1% dos veículos tendo mais de dez anos.